Errar faz parte.
Já sabemos.
É quase um mantra.
Mas apesar de o dizermos tantas vezes, há uma tendência que ainda persiste:
Fingir que o erro não aconteceu.
Apagas o post.
Cortas o cliente da memória.
Escondes o projeto que não correu bem.
Fazes de conta que nunca existiu.
E isso é um problema.
Porque quando finges que não erraste, perdes a oportunidade de crescer.
Perdes a chance de aprender.
E, pior, tornas-te menos verdadeiro — contigo e com os outros.
Ninguém gosta de falhar.
Mas fingir que és imune aos erros é viver numa personagem.
E manter uma personagem dá um trabalho do caraças.
Sabes o que dá muito menos trabalho?
Assumir.
Assumir que testaste algo e não resultou.
Assumir que acreditaste numa ideia que afinal não fazia sentido.
Assumir que fizeste uma má escolha — e aprendeste com isso.
Não é fraqueza.
É força.
É maturidade.
É inteligência emocional.
E no mundo dos negócios, é liderança.
Os erros, quando bem contados, têm um poder incrível.
Conectam.
Humanizam.
Inspiram mais do que mil histórias de sucesso polidas até brilharem.
O teu público não precisa de um herói sem falhas.
Precisa de alguém que arrisca, que tenta, que cai — e depois volta a tentar.
Com mais noção. Com mais clareza. Com mais verdade.
Errar não te torna menos competente.
Esconder o erro é que te torna menos credível.
Por isso, da próxima vez que tropeçares, regista.
Olha para isso com atenção.
Aprende. Partilha, se fizer sentido.
E segue em frente com a certeza de que agora és melhor do que eras antes de cair.