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Falhanço #01 Enervas-me, do escritório para a neve

Sempre tive uma grande paixão por desportos radicais, e depois de começar a praticar Snowboard, comecei a olhar para as pranchas de forma diferente.

Nome do projeto: Enervas-me
Área de negócio: Pranchas de Snowboard
Data: 2010

 

Sempre tive uma grande paixão por desportos radicais, e depois de começar a praticar Snowboard, comecei a olhar para as pranchas de forma diferente.

 

Além do desporto mexer comigo, a própria imagem das pranchas era algo que me fascinava, o design normalmente arrojado, despertava-me o interesse sempre que olhava para uma prancha.

Um dia, decidi começar um projeto, ainda que de forma completamente descontraído. Li bastante informação sobre o modo de fabrico das pranchas, comecei a seguir algumas empresas que fabricavam pranchas de snowboard e percebi que havia neste mercado, espaço para pequenos empresários, que com um pequeno armazém, conseguiram montar uma linha de produção destas pranchas.

Rápidamente comecei a desenvolver os desenhos para as pranchas, o logo e a comunicação. Visualmente era algo que me agradava e estava bastante entusiasmado com aquele projeto.

Entretanto fiz uma pausa no desenvolvimento da imagem e comecei a estudar o processo de fabrico. Consegui reunir quase todos os componentes para montar uma prancha de snowboard.

O próximo passo era construir um protótipo. Construí uma estrutura em madeira com a curvatura correta (molde) para aplicar o núcleo de madeira os prints, a resina e os restantes componentes.

A minha esposa ficou danada, quando viu aquela estrutura a ocupar toda a garagem. As tantas até eu me perguntava “o que é que eu estou a fazer?”

Estava tudo pronto, apenas precisava de arranjar um sistema de vacuo que comprimisse todas as camadas de materiais, e alguém que imprimisse em processo de sublimação os prints que pretendia para cada prancha.

Estas últimas questões começaram a ser grandes entraves para a continuidade deste projeto, e acabei por ir desmotivando ao longo do tempo.

Passados dois ou três meses já não havia projeto, apenas um “mono” a ocupar a garagem, e um conjunto de desenhos no meu portátil.

Entretanto fiz uma pausa no desenvolvimento da imagem e comecei a estudar o processo de fabrico. Consegui reunir quase todos os componentes para montar uma prancha de snowboard.

O próximo passo era construir um protótipo. Construí uma estrutura em madeira com a curvatura correta (molde) para aplicar o núcleo de madeira os prints, a resina e os restantes componentes.

A minha esposa ficou danada, quando viu aquela estrutura a ocupar toda a garagem. As tantas até eu me perguntava “o que é que eu estou a fazer?”

Estava tudo pronto, apenas precisava de arranjar um sistema de vacuo que comprimisse todas as camadas de materiais, e alguém que imprimisse em processo de sublimação os prints que pretendia para cada prancha.

Estas últimas questões começaram a ser grandes entraves para a continuidade deste projeto, e acabei por ir desmotivando ao longo do tempo.

Passados dois ou três meses já não havia projeto, apenas um “mono” a ocupar a garagem, e um conjunto de desenhos no meu portátil.

O que terá falhado?

Naquela altura não tinha a experiência suficiente para saber o que tinha falhado, mas hoje, sei perfeitamente o que falhou.

Estava numa altura em que queria desenvolver algo meu, sonhava cria algo, sonhava ter um grande negócio e ser bem-sucedido. Essa vontade aliada ao gosto por este desporto fez-me avançar.

Muitas vezes o desconhecimento é algo que joga a nosso favor, o facto de desconhecermos as dificuldades, faz-nos avançar e faz-nos não ter medo de algo que não conhecemos.

No entanto não tinha noção de aspetos fundamentais para que a ideia de negócio fosse bem-sucedida.
Em primeiro lugar era necessário uma equipa, uma equipa que desenvolvesse areas como a produção, a comercialização e a viabilidade económica. É muito giro ser “one man show”, mas a verdade é que para qualquer negócio é necessário uma equipa, que desenvolva o trabalho melhor que nós em cada área. Se também tens vontade de criar um negócio, equaciona trazer para junto de ti, pessoas que possam ser melhores que tu em áreas específicas.

Em segundo lugar, criei uma ideia de negócio baseada na paixão que tinha naquele produto. O amor, e só o amor, não é compatível com o negócio. A paixão faz-nos avançar, mas não nos mete dinheiro nos bolsos.
Esta paixão faz-nos auto convencer que tudo vai dar certo, e temos de juntar alguma frieza aos negócios para que possam ser bem sucedidos.

Se também está a pensar em abrir um negócio, provavelmente já disse “eu acredito que…” já está a cometer um grande erro… quem tem de acreditar são os clientes, se eles não acreditarem, não lhe vão comprar o produto.

O que ganhei com isto? Experiência, mas não chegou, já que voltei a cometer os mesmos erros mais tarde. Veja os outros falhanços que cometi.

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