Vivemos para consumir. Produtos, conteúdos, experiências, sonhos. Tudo vem embalado, rotulado e pronto para nos preencher aquele vazio existencial de oferta limitada.
Precisas mesmo disso? Não importa. Está com 20% de desconto.
O novo cartaz do Labs chama-se “Consome até não sobrar ar” e é exatamente o que parece: uma crítica a esta corrida desenfreada onde o consumo é o novo oxigénio.
E, tal como o oxigénio, está a acabar.
Devagar, mas está.
Vivemos agarrados a uma lógica absurda:
Compra-se para se sentir vivo.
Compra-se para ser visto.
Compra-se porque, aparentemente, é isso que define sucesso, felicidade e até relevância.
(Eu? Claro que também estou nesse barco. Às vezes a remar. Às vezes só a tirar selfies.)
Mas aqui vem a ironia: também ajudo marcas a vender. E a vender bem.
Crio campanhas, mensagens e imagens que não vendem produtos. Vendem desejos.
Se é para consumir, que pelo menos se consuma com estilo.
Critico o sistema, mas jogo dentro dele — porque sei que as boas ideias são o último fôlego antes de sermos todos engolidos pela banalidade.
O cartaz “Consome até não sobrar ar” é um lembrete cruel:
Se não sabes para onde estás a correr, é provável que estejas só a esgotar-te… e a pagar para isso.
Aqui no Labs, crio liberdade.
No resto do tempo, ajudo-te a vender melhor num mundo onde todo o segundo conta.
Respira fundo. Escolhe bem. Depois consome. (Ou então fala comigo, e fazemos com que sejam os outros a consumir de ti.)