Planear é ótimo.
Dá-te uma sensação de controlo.
De que estás a preparar tudo como deve ser.
De que estás a avançar, mesmo sem sair do lugar.

O problema é que há gente que passa meses, às vezes anos, só a planear.
O negócio ideal.
O nome ideal.
O orçamento ideal.
A altura ideal.

Tudo ideal.
Menos o mais importante: fazer.

Planeamento sem execução é só fantasia com tabela em Excel.

A verdade é que o plano perfeito não existe.
E o plano que funciona na teoria pode ser completamente inútil na prática.
Aliás, quase sempre é.

Claro que pensar antes de agir faz sentido.
Mas o pensamento em loop, sem ação, só serve para te manter na zona de conforto — com a ilusão de que estás a preparar algo importante, quando na verdade estás a adiar o inevitável: mexer-te.

Quantas vezes já fizeste um plano que parecia incrível… até o mundo real aparecer e estragar tudo?
Um cliente que não respondeu.
Um fornecedor que não entregou.
Uma ideia que era ótima… mas só na tua cabeça.

O único plano que interessa é aquele que sobrevive ao campo de batalha.
E só há uma forma de saber isso: testando.
Falando com pessoas.
Lançando uma versão inicial.
Correndo o risco de parecer amador.
Correndo o risco de falhar.

Mas isso é ação.
E a ação ensina-te mais num mês do que o planeamento te ensina num ano.

Não estou a dizer que deves ser irresponsável ou saltar sem pensar.
Mas se estás há semanas a planear e ainda não fizeste nada concreto… é hora de parar.

Faz qualquer coisa.
Mesmo que seja mal.
Mesmo que seja pouco.
Mesmo que não estejas 100% seguro.

Faz algo. Aprende. Ajusta.
E depois sim, planeia com base no que viste, não no que imaginaste.

Porque um plano feito depois da ação vale mil vezes mais do que cem planos feitos antes de começar.