Sacudir Também É Saber Ficar Quieto Um Bocado

Quando algo corre mal, a tendência é reagir logo. Mexer. Fazer. Corrigir. Lançar outra coisa. Mostrar que ainda estás vivo.

Quando algo corre mal, a tendência é reagir logo.
Mexer. Fazer. Corrigir. Lançar outra coisa. Mostrar que ainda estás vivo.
Como se a única forma de provar que aprendeste… fosse acelerar.

Mas há momentos em que a melhor coisa que podes fazer é nada.

Sim, leste bem: nada.
Parar.
Pensar.
Observar.
Não como fuga, mas como estratégia.

Vivemos numa cultura de ação constante.
Quem está parado parece preguiçoso.
Quem não reage rápido parece fraco.
Quem não publica parece que desapareceu.

Mas o silêncio pode ser o espaço onde tu voltas a ganhar clareza.
É onde percebes o que realmente falhou — e não apenas o que doeu.
É onde consegues voltar a ti, sem o ruído dos outros.

Sacudir a poeira não é só voltar ao jogo.
É escolher quando e como voltar.
Com mais calma.
Com mais estrutura.
Com mais maturidade.

Ficar quieto um bocado não é sinal de fraqueza.
É sinal de que já não precisas de provar nada a correr.
Já não estás a reagir por impulso.
Estás a responder com intenção.

Há muito barulho no mundo dos negócios.
Toda a gente tem uma opinião.
Toda a gente tem um conselho.
Toda a gente parece estar a fazer mais e melhor.

Mas às vezes, o que te salva não é fazer mais.
É fazer menos. Com mais sentido.

Por isso, se estás a sacudir a poeira depois de uma queda… não te sintas pressionado a voltar ao palco logo a seguir.
Talvez ainda estejas a meio da aprendizagem.
E tudo bem.

Ficar quieto é uma forma de continuar — sem te perderes.

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