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A nossa vivência tem uma influência extrema na construção do nosso futuro e nas tomadas de decisões.

Porque desenvolvemos estes medos que influenciam o nosso comportamento? Quando estou num evento e vejo uma pessoa que gostava de conhecer, um possível parceiro, ou cliente, ou simplesmente uma pessoa interessante que queira conhecer, sinto uma resistência enorme em dirigir-me a essa pessoa, apresentar-me e começar a falar com ela. É tão simples:

Olá, peço desculpa estar a incomodar, o meu nome é Ricardo Matias e considero-o uma pessoa muito interessante, tomei a liberdade de me vir apresentar na expectativa de podermos trocar algumas ideias”. É complicado? Não, mais simples que isto não há.

É fácil? Não, para mim era extremamente difícil. Porquê?

O segredo está num “armazém” onde registamos coisas ou momentos que nos despertam sentimentos. Ao longo da vida fomos enchendo este armazém com experiências que vivemos e sentimos. Assim sempre que vivenciamos uma experiência parecida com uma experiencia que está no nosso “armazém de registos”, ela vai despoletar sentimentos e emoções que estão associados a essa experiência.

Como já referi, a minha experiência ao passar por um colégio privado na 3ª e 4ª classe, desenvolveu em mim um complexo de inferioridade. Esse complexo ficou registado no meu “armazém de registos”, despoletando sentimentos de vergonha e medo sempre que ele é ativado.

Para atingir os seus objetivos é preciso, em primeiro lugar ter consciência que este armazém existe, em segundo lugar entender tudo o que está dentro desse armazém e em terceiro lugar ter a capacidade de alterar estes registos a seu favor.

O Sr. José era pai de dois filhos, o António e o Joaquim. O Sr. José e a sua esposa Sr.ª Maria tinham trabalhos precários e para garantirem comida na mesa para os filhos, todos os dias tinham de fazer grandes sacrifícios. Não iam de férias, pois tinham de poupar dinheiro e não compravam nada que não fosse essencial. O António e o Joaquim nunca tiveram grandes brinquedos, bicicletas ou outras coisas típicas dos adolescentes.  O António e o Joaquim não tiveram hipótese de frequentar cursos superiores e começaram a trabalhar desde cedo. Sempre que o António e o Joaquim perguntavam aos pais se este ano iam de férias o pai respondia “Não, não temos dinheiro para isso”. Sempre que o António e o Joaquim perguntavam se podiam comprar um brinquedo especial o pai respondia “Não, não temos dinheiro para isso”.

O António e o Joaquim cresceram a ouvir “não, não temos dinheiro para isso” o que despoletava um sentimento, quer num irmão, quer no outro. Inclusive podiam ser sentimentos diferentes. O António desenvolvera um sentimento de revolta, porque queria muito ter aquelas coisas e aquela frase era uma sentença de morte aos seus sonhos. Já o Joaquim desenvolvera um sentimento de preocupação. Assim, os dois irmãos criaram registos no “armazém de registos” sobre o dinheiro, férias e bens de consumo desnecessários.

Já em adulto, o António sempre que pensava em férias, ativava o seu registo mental de “revolta” e gastava em férias o dinheiro que tinha e que não tinha, ou sempre que pensava em comprar um bem desnecessário nem hesitava, pois, o registo mental que guardara, impedia-o de ser como o pai, que costumamos chamar “forreta” e passou a ser “gastador” numa tentativa de compensar tudo que não teve na sua infância.

No caso do Joaquim, sempre que pensava em férias ou bens de consumo, tornou-se cauteloso, e ativava o registo mental que se encontra no “armazém de registos”, que neste caso estava associado a preocupação.

 

A nossa vivência tem uma influência extrema na construção do nosso futuro e nas tomadas de decisões. Isto é natural, sempre aconteceu e sempre continuará a acontecer.

 

Olhe para si e tome consciência da influência que a sua vivencia tem nas suas decisões, procure os registos mentais que tem no seu “armazém de registos”. Se listar os seus medos, e se procurar bem fundo, vai perceber que existe uma razão para ter esse medo, para tudo há uma causa e um efeito. Para ser bem-sucedido, tem de identificar os seus medos, receios e objeções. Cruzar essas emoções com eventos que tenham acontecido no seu passado, porque na maior parte dos casos, eles não nasceram consigo, eles foram desenvolvidos numa certa altura da sua vida. Procure esse evento, se tem medo de falar em público, tente recuar na sua vida, até que se lembre da sua existência, para ver se encontra o evento ou o conjunto de eventos que causaram esse sentimento. Se não encontrar a causa de se ter tornado preguiçoso, ou indisciplinado ou frustrado, nunca conseguira ultrapassar esses sentimentos. O entendimento dessas causas, só por si são uma vitória, rumo à conquista de todos os seus sonhos. Depois de descobrir, as causas que o tem impedido de ser bem-sucedido, vai ter noção de como eles afetaram todas as suas decisões ao longo da sua vida, e como na maior parte das vezes, viraram a sua mente contra si.

O que é magnifico, é que quando fizer esta descoberta vai sentir uma sensação de libertação enorme, vai perceber que afinal você não é assim, mas aconteceu algo que o faz assim.

Depois de perceber que ao longo da sua vida desenvolveu registos mentais, que foram guardados no seu “armazém de registos”, e depois de entender que eles têm influenciado as suas decisões, terá uma nova tarefa, alterar os seus registos.

Agora terá uma grande oportunidade, a oportunidade de alterar a forma como toma decisões, que até agora eram baseadas em emoções do passado, substituindo-as por novas emoções que o levarão ao sucesso.

Como é que isto se faz? Não há uma solução milagrosa. Identifique as emoções e as causas, perceba-as, fale delas, pense como foram prejudiciais para a sua vida, verbalize e escreva os novos registos mentais, lute contra a sua mente até ganhar a batalha.

Eu era uma pessoa pouco disciplinada, tinha noção disso e consegui identificar a causa. Isso fez com que eu agisse. Enchi a parede do meu escritório com post-its com todas as causas de ser indisciplinado. Escrevi dezenas de frases em post-its que fariam com que eu me tornasse disciplinado, criei uma lista de coisas a fazer e comecei a faze-las diariamente. Algumas tarefas eram bastante difíceis, mas sabia que tudo aquilo tinha um propósito. Tive recaídas? Sim tive, tinha a noção que isso acontecia e ficava “fulo” comigo mesmo. Não tinha o hábito por exemplo, de lavar os dentes à hora de almoço, porque normalmente almoçava fora. Defini como objetivo “nunca mais deixar os dentes por lavar depois de almoço”, passei a andar sempre com uma escova e pasta de dentes na minha mala do portátil, e esteja onde estiver é para cumprir. Isto pode parecer banal, mas tem a capacidade de influenciar outras tomadas de decisões que o levarão ao sucesso.

Às vezes esquecia-me, e ficava zangado comigo, outras vezes sentia uma resistência enorme, do gênero “não me apetece”, ou “já vou…” e então tinha de fazer uma batalha dura com a minha mente, “vais e é já” (como fazemos às crianças).

Conseguimos alterar os nossos ciclos viciosos, fazendo passar de maus vícios para bons vícios com o tempo. Para me tornar disciplinado listei mais de 100 coisas que tinha de mudar. Que trabalheira… Sim é difícil, mas é simples e leva-me a conseguir os sonhos mais altos. O que é que isto tem a ver com dinheiro, e ser rico? Tudo.

Se não conseguir mudar estas pequenas coisas, nunca irá conseguir mudar aquilo que tem vindo a conquistar, será mais do mesmo. Por outro lado, se conseguir mudar estas pequenas coisas, irá desenvolver capacidades que nunca imaginaria conseguir e quando menos esperar o dinheiro vai aparecer, porque o dinheiro é apenas uma consequência. O montante de dinheiro que terá no futuro, será o resultado dos seus pensamentos hoje.

Uma vez li num livro que a palavra responsabilidade podia ser dividida em duas, resposta e habilidade. Então responsabilidade podia ser vista como “responder com habilidade”. Então, responda com habilidade ao que a vida lhe tem dado. Sempre que assumimos a responsabilidade temos a oportunidade de responder, de alterar e de agir. No entanto se culparmos os outros ou algo pelos nossos fracassos estamos a atribuir a responsabilidade aos outros, ou seja, estamos a atribuir-lhes o poder da decisão. Depois de perceber isto comecei a olhar para a palavra responsabilidade com outros olhos. Até então, a responsabilidade era uma coisa que eu não gostava de ter, porque estava conotado como uma coisa má. Mas quando percebi que me dava o poder de decisão e de escolhas, nunca mais me quis afastar da responsabilidade, porque quero ter o poder que ela me dá.

Imagine que está a discutir com um colega seu de trabalho sobre a responsabilidade de algo de mal que aconteceu. Se você assumir a responsabilidade o que é que acontece? O seu colega não tem de fazer nada e você tem de corrigir o erro e enfrentar a situação. Como o seu colega não tem de fazer nada, ele vai ficar de mãos atadas e, quem fica com o controlo é você. Você é que ficará com a responsabilidade de jogar a próxima cartada e definir o rumo daquela situação.

 

Imagine que vai ter com o seu chefe para esclarecer a situação (assumir a responsabilidade) e lhe diz:

A culpa foi inteiramente minha. Estava tão focado em conseguir estratégias para conseguirmos melhores resultados na empresa que me esqueci do relatório que tinha de entregar ao meu colega e, por isso ele não conseguiu entregar-lho a tempo. Mas estou extremamente focado em criar metas ainda mais altas para o futuro. Para mim isto não é uma obrigação, é o meu desígnio, levar esta empresa para outros patamares. No entanto, peço desculpa mais uma vez por não ter entregue o relatório a tempo ao meu colega.”

Quem acha que ficou melhor na fotografia? O culpado ou o inocente? Acho que a resposta é obvia, qualquer dono de uma empresa gosta de ver esta entrega nos seus colaboradores. Compreende o cerne da questão? O colega fugiu da responsabilidade e ficou com as mãos atadas. Quem assumiu a responsabilidade ganhou o poder de responder com habilidade.

Agora que conhece o poder da responsabilidade, assuma a responsabilidade de controlar a sua própria vida, controlando as dezenas de decisões que toma diariamente. Assumi a responsabilidade de mudar os meus hábitos e comportamentos, porque quero tornar-me numa pessoa bem sucedida.

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