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Num dia sentia-me poderoso e no outro uma m*rda!

É natural e quase certo que tenha algumas recaídas, afinal, aqueles hábitos foram parte de si durante muitos anos e serão precisos alguns dias até que a sua mente se habitue à ideia.

Se um dos hábitos a alterar for “deixar de fumar” por exemplo, é natural que aquela força que sentiu naquele dia não seja a mesma no dia seguinte, a determinação pode ser a mesma, mas quer queira quer não a sua mente vai relembra-lo que é mais fácil fumar do que lutar contra a vontade de fumar. A maioria das pessoas falha no dia seguinte, porque é extremamente difícil alterar ciclos viciosos que suportamos durante anos. A sua mente fará tudo para o relembrar desses ciclos viciosos, e fará de tudo para que não sofra, ao tentar inverter esses ciclos viciosos. É duro, e por ser duro é que ser bem-sucedido é tão difícil. A culpa não é da economia, ou das pessoas, ou da área de atuação ou os mercados, a razão para não sermos bem-sucedidos é nossa, porque não conseguimos alterar pequenas coisas que podem mudar a nossa vida.

Se por momentos sentir a vontade de repetir o mau hábito, fale com a sua mente, afinal ela só está a tentar protege-lo, porque tem uma visão a curto prazo, ou seja, no imediato o seu corpo sofre menos se fumar do que se lutar contra a vontade. Se fumar, fica saciado, e a sua mente ganha porque faz com que não sofra mais. É importante perceber que não está nada de errado connosco, a nossa mente foi desenhada para nos proteger, logo afasta-nos de tudo que é doloroso para nós no imediato.

A solução que eu arranjei, foi falar com a minha mente. Eu sei que podemos parecer “maluquinhos”, mas é uma forma de treinarmos a nossa mente para uma visão a longo prazo, pois iremos sofrer menos no futuro. Dei por mim muitas vezes a dizer “calma Ricardo, eu percebo que me estejas a tentar proteger, mas se fizermos um esforço agora o prémio vai ser gigante mais tarde” e assim tentava impedir a minha mente de me lembrar do meu mau hábito nas próximas horas. Foi necessário recorrer a esta “conversa de maluquinhos” durante vários dias até a minha mente se habituar. É tudo uma questão de persistência e repetição, mas mais uma vez, é extremamente difícil, mas extremamente poderoso.

Tenha cuidado que estas decisões, dão-se em milissegundos e pode ser difícil voltar atrás. Quando comecei a fazer desporto comecei pela corrida. Corria 2 vezes por semana e tinha um desafio, correr cada semana mais 2km do que a semana anterior. As primeiras semanas foram horríveis, não tanto pela dor física, mas mais pelo jogo psicológico. Ia correr sozinho, portanto poderia para quando quisesse. Quando começava a pensar na possibilidade de parar tinha de fazer um jogo psicológico tremendo para manter a decisão de continuar. Um pequeno deslize, e a minha mente ganhava, deixava de fazer força e em milissegundos… pufff… parava… desistia, a mente ganhou.

 

A nossa mente é muito forte, por isso não se deve massacrar por perder algumas batalhas com a sua mente, não está nada de errado. O importante é perceber que a sua mente está a trabalhar para si, a curto prazo e é preciso treiná-la para pensar a longo prazo.

 

Outro truque que usei cerca de um mês após o meu momento, foi escrever um texto que fosse motivante para ler todos os dias, no início e no fim do dia. Neste texto havia frases como “come 5 vezes ao dia” ou “come apenas comida saudável, nada de bolos” ou “se ainda não fizeste desporto não te atrevas a ir para a cama dormir”. Isto ajudava-me bastante, por um lado aumentava a minha autoestima quando conseguia cumprir tudo à risca, e por outro lado, ficava revoltado quando ficava algo por fazer. Hoje já não preciso dessa “cábula” vou acrescentando novos desafios e mudanças de hábitos enquanto que outros hábitos desaparecem, porque a minha mente já não se lembra deles. Lembre-se, sem pressa (como na história da agricultura) com persistência e consistência.

Tenho também um caderno onde escrevo todos os meus sucessos, por vezes coisas banais que consegui atingir, mas quero relembrar-me dessas conquistas, quero lembrar-me que o esforço compensa. Facilmente damos as nossas vitórias como adquiridas e não usufruímos de toda a força e autoestima que elas representam. Assim posso ir “beber” essa força ao meu caderno de sucessos sempre que precisar. Costumo escrever o próximo objetivo a lápis e quando o alcanço o reescrevo a caneta, como se fosse um selo de conquista.

Tenho também outros cadernos, o caderno do dinheiro e o caderno do conhecimento, mas destes assuntos falamos mais à frente.

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